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Lácteos fazem mal para o coração?

O Deptº de Saude Publica da Harvard Chan School. publicou estudo no American Journal of Clinical Nutrition,  sobre a relação do consumo de lacteos com doenças cardiacas.  Trazemos para os leitores  de nosso blog o citado  material gentillmente enviado pela Nutricionista Viviane Hafes, nossa consultora dessa área.

 


Estudo lança luz sobre o consumo de gordura láctea e o risco de doença cardiovascular
 

Estudo realizado por Chen M e colaboradores, da Harvard Chan School e publicado no American Journal of Clinical Nutrition em agosto de 2016, desmistifica a relação direta entre a gordura do leite e substitutos do leite e risco aumentado para doença cardiovascular.

Foram incluídos homens e mulheres que vinham sendo acompanhados em três grandes estudos de seguimento: Health Professionals Follow-Up Study (1986-2010)- 43.000 homens; Women in the Nurses' Health Study (1980-2012)- 87.907 mulheres; e Women in the Nurses' Health Study II (1991-2011)- 90.675 mulheres. O objetivo foi o de verificar a relação entre o consumo de gordura láctea e o risco de doença cardiovascular. Para isso foram utilizados questionários validados de frequência alimentar.

As informações coletadas ao longo de várias décadas foram ajustadas para  outros que fatores que poderiam influenciar o desenvolvimento de doenças cardíacas como, uso de tabaco e prática de atividade física. A análise estatística multivariada comparou a energia consumida na forma de carboidratos (excluindo-se os vegetais e as frutas) com a mesma energia consumida na forma de gordura láctea e os resultados mostraram que não houve diferença estatisticamente significativa para o risco de doença cardiovascular, doença cardíaca coronariana ou derrame. Para os amantes de laticínios, a boa notícia é que vários alimentos, incluindo leite integral, iogurte, manteiga, queijos e creme não aumentaram o risco de doença cardiovascular em comparação com dietas ricas em carboidratos refinados e açúcares. Entretanto não houve redução do risco com o consumo de gordura láctea.

Quando a gordura láctea foi substituída pela mesma quantidade de energia proveniente de gordura poli-insaturada (óleos vegetais) ou gorduras vegetais, o risco de doença cardiovascular reduziu 24% e 10%, respectivamente. Entretanto quando 5% da energia proveniente de produtos lácteos foi substituída por outras gorduras animais (como a presente em carnes vermelhas) houve aumento de 6% do risco para doenças cardiovasculares.

Esses resultados mostram que as gorduras lácteas não são a melhor opção de gorduras para a saúde cardiovascular mas são preferíveis à outras gorduras animais. A dieta saudável para o coração é a que inclui gorduras insaturadas a partir de óleos vegetais, nozes, sementes, abacate e óleo de alguns peixes. Considerando os produtos lácteos, Hu não recomenda o consumo regular de leite integral ou consumo exagerado de queijos principalmente, quando esses estão associados à carnes processadas e farinha refinada como ocorre com os hambúrgueres e as pizzas. Em vez disso, recomenda quantidades pequenas de queijos em lanches e associados com frutas ou biscoitos de grãos integrais. Entre os produtos lácteos, destaca que o iogurte tem benefícios para a saúde principalmente, se for ingerido com nozes ou frutas frescas.

 

Referência: 

Chen M, Li Y, Sun Q, Pan A, Manson JE, Rexrode KM, Willett WC, Rimm EB, Hu FB. Dairy fat and risk of cardiovascular disease in 3 cohorts of US adults. Am J Clin Nutr. 2016 Nov;104(5):1209-1217. Epub 2016 Aug 24.


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